Consertos em prótese total
por VIPI on sexta-feira, 9 setembro 2011Não Comentado
Olá, Pessoal
Nesta edição iremos abordar um assunto muito importante que poucos dão atenção desejada: o grande número de pessoas utilizando próteses totais após seus cinco anos de vida útil.
Noto na maioria dos casos que os usuários depois de um longo tempo utilizando a mesma prótese, por descuido ou até mesmo por má adaptação, utilizam de artifícios não recomendados para continuar utilizando a mesma. Um destes é o uso da famosa cola Super Bonder®, a “quebra-galhos” dentro de um laboratório.
Quero deixar bastante claro que não é recomendado utilizar este artifício após a fratura, pois ele é prejudicial à saúde
do usuário.
Para isso disponibilizamos de um recurso corriqueiro no laboratório que é o famoso conserto, pratica utilizada há muitos anos. A prótese quando chega neste patamar deve ser trocada, mas ainda é comum a realização do conserto e o uso por mais alguns anos da mesma (pratica não recomendada). Abaixo vamos descrever os procedimentos para o reparo de uma prótese.
1. PRÓTESE FRATURADA:
1.1- Colar as partes fraturadas rigorosamente com cola instantânea.
1.2- Preencher a parte interna da prótese com silicone Labor Mass.
1.3- Aguardar a cura do silicone, remover a prótese do modelo, retirar a cola e realizar desgaste em forma de bisel com fresas aproximadamente a 1 mm de cada lado das partes fraturadas.
Com brocas esféricas fazer retenções nos desgastes e asperizar a resina próximo à região de conserto (retirar o brilho), para melhor união entre resina antiga e resina nova.
1.4- Adaptar as partes fraturadas no modelo.
1.5- Contornar com fio de cera Sprue 2,5 mm a região de conserto, para evitar o escoamento do monômero nas áreas, além do reparo. Se isso ocorrer, a resina termopolimerizável já acrilizada sofrerá uma reação química e irá ficar craquelada, promovendo a fragilidade da resina e a prótese.
1.6- Colocar a resina autopolimerizável na região de desgastes e levá-la a uma panela termo pneumo-hidráulica a 20 libras de pressão, por quinze minutos.
1.7- Se o conserto for na face vestibular de uma prótese caracterizada, fazer a seleção da caracterização e utilizar as mesmas resinas pigmentadas do Kit de caracterização.
Utilizar neste caso o líquido termopolimerizável e colocar numa panela termo pneumo-hidráulica com 60°C de temperatura a 20 libras de pressão por 15 minutos.
1.8- Fazer o acabamento e o polimento idênticos, utilizados na prótese total.
2. SUBSTITUIÇÃO OU RECOLOCAÇÃO DE DENTE:
2.1- Selecionar o dente a ser substituído (modelo, cor).
2.2- Perfurar com broca de forma retentiva a base (cervical) do dente e a base da prótese total.
2.3- Preparar a resina autopolimerizável.
2.4- Colocá-la nas perfurações do dente e da prótese, adaptar o dente, retirar os excessos e levá-la à panela termo-pneumo-hidráulica procedimentos idênticos à prótese fraturada.
2.5- Realizar o acabamento e polimento final idênticos aos utilizados na prótese total.
Até a próxima,
Valeu
Ari Ferreira
TPD CRO-4863-Sp
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